Se tem uma coisa que brasileiro sabe fazer bem é transformar simplicidade em sabor. E quando a gente fala de boteco, isso fica ainda mais evidente. Um dos melhores exemplos disso é o bolinho de feijoada – um petisco que carrega toda a alma da feijoada tradicional em versão mini, prática e, claro, perfeita pra acompanhar aquela gelada.
Um prato nascido da sobra
Diz a lenda (e a sabedoria dos botequeiros raiz) que o bolinho de feijoada surgiu da criatividade para reaproveitar as sobras. A história começa nas cozinhas de bares e restaurantes que serviam feijoada às quartas e sábados – dias sagrados, diga-se de passagem. E o que fazer com a feijoada que sobrava no fim do expediente?
Foi aí que alguém teve a brilhante ideia de pegar aquele resto de feijão com carnes, bater tudo, engrossar com farinha de mandioca ou de rosca, moldar em bolinhos e fritar. Nascia assim o bolinho de feijoada: crocante por fora, cremoso por dentro e cheio de sabor.
Um retrato do Brasil no prato
O mais legal é que o bolinho de feijoada não é só gostoso. Ele é um retrato da cozinha brasileira, que valoriza ingredientes simples, respeita as origens e se reinventa com o que tem à mão.
Com o tempo, o petisco foi ganhando espaço nos cardápios dos bares mais descolados, versões gourmetizadas com couve crocante, geleia de pimenta, torresminho por cima e até apresentação de chef. Mas o espírito segue o mesmo: comida de verdade, feita pra dividir, conversar e celebrar.
Curiosidade de boteco: sabia dessa?
Em alguns lugares do Rio de Janeiro e São Paulo, o bolinho de feijoada virou até prato premiado em festivais de comida de boteco, como o famoso Comida di Buteco. E o mais curioso? Muita gente que prova esse petisco pela primeira vez nem imagina que ele nasceu como reaproveitamento!
Pra fechar com chave de ouro
Se você é fã de boteco e nunca provou um bolinho de feijoada de verdade, tá perdendo tempo, meu amigo. Ele é a prova de que até a sobra da feijoada pode ser celebrada em grande estilo. E aí, bora tentar fazer em casa ou partir pro bar mais próximo?
